top of page
Foto do escritorIsabella Cristina Alves da Silva

COMO SE DIVORCIAR sem ter DORES DE CABEÇA?


Essa é uma pergunta que muitas pessoas gostariam de ter a resposta, mas infelizmente não existe uma fórmula mágica para se divorciar sem dores de cabeça... Porém, existem sim algumas medidas que podem ser tomadas para minimizar os transtornos vivenciados por um casal quando um casamento chega ao fim.


De acordo com dados do IBGE divulgados em dezembro de 2020, os brasileiros estão se casando menos e, quando casados, ficando unidos civilmente por menos tempo.


A dor da separação é muito próxima do luto, segundo especialistas da psicologia. Por isso é tão importante refletir sobre esse assunto e tomar as melhores decisões para evitar o sofrimento por ambas as partes.


Primeiramente, busque sempre o diálogo. Conversar de forma respeitosa pode solucionar “mal-entendidos” entre o casal e pode, inclusive, fazer com que o relacionamento melhore e nem seja preciso se preocupar com as dores de cabeça trazidas pelo fim da união. Terapias com psicólogos também podem ajudar bastante.


Em alguns casos o diálogo já não é mais suficiente, ou até mesmo em situações mais graves já existem agressões e o divórcio se torna a única opção, muitas vezes acompanhada de boletim de ocorrência por violência doméstica e até mesmo medida protetiva, assuntos que podem ser tema para um próximo artigo.


Quando o divórcio passa a ser de fato uma opção, ambos devem manter a calma! Procure um advogado que atue na área de família. Um advogado de confiança vai analisar seu caso detalhadamente e poderá esclarecer muitas dúvidas, mesmo que você ainda não esteja decidido(a) sobre o divórcio.


Dúvidas comuns que podem ser esclarecidas são em relação ao direito à pensão alimentícia, partilha dos bens, guarda dos filhos, entre outros pontos que podem gerar questionamentos.


Quando tiver certeza de sua decisão, ciente de todos os seus direitos e deveres ao optar pelo divórcio, recomenda-se fazê-lo de forma amigável, que em termos jurídicos denominamos de consensual. Por mais que estejam desgastados, quando o casal consegue conversar sobre o divórcio facilita a vida de todos os envolvidos, ainda mais quando há filhos.


O divórcio consensual é mais rápido, principalmente se for realizado no cartório e certamente seria uma medida bastante eficaz para minimizar as dores de cabeça. Além disso, o divórcio consensual é mais prático e mais barato, pois os cônjuges podem contratar um único advogado para cuidar do caso.


O divórcio no cartório é chamado de extrajudicial e deve obedecer alguns requisitos, como por exemplo, não pode ser realizado quando há filhos menores ou incapazes. Se for este o caso, ainda é possível realizar um divórcio consensual através do Poder Judiciário, o que ainda assim é uma boa opção para quem quer evitar maiores transtornos.


Caso não seja possível um divórcio consensual, é necessário ingressar com uma ação judicial em face do outro cônjuge. Nesse caso, o divórcio será litigioso e, infelizmente, praticamente impossível não ter dores de cabeça aqui. Além disso, ambos deverão constituir um advogado para defender seus interesses.


O divórcio litigioso ocorre quando não há consenso quanto aos termos do divórcio, ou quando um quer se divorciar e o outro não, quando não conseguem alcançar um acordo sobre a partilha dos bens, sobre a guarda, a visitação e a pensão alimentícia dos filhos, sendo necessário que o juiz interfira na situação para decidir como o conflito será resolvido. Por isso, é muito comum que, além do desgaste do próprio processo, alguém fique insatisfeito com a decisão do juiz ao final do processo.


Independentemente de como seja realizado, é importante que você entenda que divorciar não é o fim do mundo. Embora ninguém case pensando em se separar, as pessoas mudam ao longo do casamento e pode não fazer mais sentido continuarem juntas. Pense sempre nos pontos positivos que virão com essa decisão!


É importante ter ao seu lado alguém que possa confiar e desabafar em alguns momentos, porque ter um apoio nessas horas é fundamental. Pode ser muito útil buscar o auxílio de um psicólogo.


Pense nos filhos e lembre-se que apenas o casal está se divorciando. Deixe isso bem claro para as crianças que não devem tomar partido e se envolverem em questões que dizem respeito aos adultos, evitando assim uma eventual Alienação Parental (clique aqui e leia sobre esse tema).


Nesse momento difícil as crianças precisarão de muito afeto, acolhimento e saber que sempre poderão contar com os pais, ainda que estejam separados ou divorciados. Em alguns casos é recomendado que as crianças também tenham um acompanhamento psicológico.


Essas são algumas orientações para quem não sabe muito bem por onde começar um processo de divórcio e entra em desespero só de imaginar quantas providencias e decisões precisará tomar. Por isso resumiria esse artigo em: 1) Tenha calma e consulte um advogado de sua confiança; 2) Ter um profissional que saiba conduzir a situação de forma pacífica e atenta aos direitos que precisam ser resguardados certamente vai evitar as temidas dores de cabeça!


A intenção desse artigo é levar conhecimento jurídico para as pessoas, pois muitos desconhecem seus direitos. Por isso se você gostou ou essa informação foi útil para você clique em "Curtir o artigo" e compartilhe nas redes sociais para que essa relevante informação chegue a outras pessoas. Você também poderá fazer comentários ou indicar temas para novos artigos logo abaixo.


Veja nossos artigos que podem ajudar a esclarecer outras dúvidas:


Fonte:


PAULART, Caroline. ARTIGAS, Danielli. Dor causada pelo divórcio pode ser comparada ao luto, diz especialista. Folha de Campo Largo. Publicado em 27 de Julho de 2017. Disponível em: https://www.folhadecampolargo.com.br/noticias/geral/dor-causada-pelo-divorcio-pode-ser-comparada-ao-luto-diz-especialista-39589#:~:text=Geralmente%20a%20dor%20do%20div%C3%B3rcio,por%20onde%20recome%C3%A7ar%20a%20vida. Acesso em: 02/04/2021.


Pesquisa do IBGE aponta que brasileiros têm casado menos e se divorciado mais rápido. Instituto Brasileiro de Direito de Família. Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações do IBGE). Publicado em 10/12/2020. Disponível em: https://ibdfam.org.br/index.php/noticias/8040/Pesquisa+do+IBGE+aponta+que+brasileiros+t%C3%AAm+casado+menos+e+se+divorciado+mais+r%C3%A1pido Acesso em 02/04/2021.






263 visualizações

Comments


Outras notícias